Hoje, antecipando o Dia Mundial da Poupança, resolvi fazer aquilo que ando a adiar há semanas: rever os meus investimentos e tentar perceber para onde vai o meu dinheiro — ou melhor, onde é que ele ainda consegue render alguma coisa. Peguei nos Certificados de Aforro, abri os sites, consultei tabelas, fiz contas… e acabei com mais dúvidas do que certezas.
Esta treta de andarem constantemente a mexer nas taxas dos Certificados de Aforro está a dar comigo em doida. Uma pessoa tenta ser organizada, informada, faz escolhas com base em dados — e quando dá por ela, pumba, mudaram outra vez a taxa! Já nem sei se estou a poupar, a empatar ou simplesmente a ser passada para trás com um sorriso.
Houve uma altura em que os Certificados de Aforro eram o “porto seguro”. Tinham uma taxa jeitosa, o risco era praticamente nulo, e ainda se podia dormir descansado. Agora? Parece um jogo de adivinhação. As regras mudam a meio do jogo, há séries novas, séries antigas, limites disto e daquilo, e no fim, quem quer apenas poupar sem ter de ser economista sente-se... perdida.
E atenção, não estou contra ajustarem as taxas se houver uma boa razão. Mas a falta de estabilidade e previsibilidade está a tornar impossível fazer um planeamento financeiro minimamente decente. É cansativo ter de andar sempre atrás do prejuízo.
Neste Dia da Poupança, a minha conclusão é simples: poupar já não é só uma questão de disciplina — é uma verdadeira ginástica mental. E sim, continuo a acreditar que é importante, mas confesso que ando com saudades dos tempos em que os produtos de poupança do Estado eram mais simples e transparentes.
Se calhar, o verdadeiro desafio agora é encontrar formas de poupar... paciência.
E por aí como andam essas poupanças?
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